Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Ações estão previstas para o dia 27 de fevereiro, com foco no reforço contra a Covid-19, mas também contemplam outras doenças imunopreveníveis
Ministério da Saúde divulgou,
nesta terça-feira (31), o cronograma do Programa Nacional de Vacinação 2023. As
ações devem começar a partir de 27 de fevereiro, com a vacinação com doses de
reforço bivalentes contra a Covid-19 em pessoas com maior risco de desenvolver
formas graves da doença, como idosos acima de 60 anos e pessoas com
deficiência. Aumentar as coberturas vacinais, que apresentaram índices
alarmantes nos últimos anos, é prioridade do Governo Federal.
Também está prevista a
intensificação na campanha de Influenza, em abril, antes da chegada do inverno,
quando as baixas temperaturas levam ao aumento nos casos de doenças
respiratórias. Haverá, ainda, ação de multivacinação de poliomielite e sarampo
nas escolas.
“Estamos diante de um cenário
de baixas coberturas. Foi atacada a confiança da nossa população nas nossas
vacinas. É fundamental retomar a rotina de vacinação para evitarmos epidemias
de doenças, inclusive, já controladas”, destaca a ministra da Saúde, Nísia
Trindade.
As etapas e fases foram
organizadas de acordo com os estoques existentes, as novas encomendas
realizadas e os compromissos de entregas assumidos pelos fabricantes das
vacinas. O cronograma foi pactuado durante várias reuniões, desde o começo do
ano, com representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass),
Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), técnicos e
especialistas da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (Ctai) e na
primeira reunião de 2023 da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), e pode ser
alterado, adiantado ou sobreposto, caso o cenário de entregas seja modificado
ou tão logo novos laboratórios tenham suas solicitações aprovadas pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Veja
o cronograma de cinco etapas:
Etapa
1 - a partir de fevereiro
Vacinação contra Covid-19
(reforço com a vacina bivalente)
(estimativa populacional: 52
milhões)
Público-alvo:
pessoas com maior risco de formas graves de Covid-19;
• Pessoas com mais de 60 anos;
• Gestantes e puérperas;
• Pacientes
imunocomprometidos;
• Pessoas com deficiência;
• Pessoas vivendo em
Instituições de Longa Permanência (ILP);
• Povos indígenas, ribeirinhos
e quilombolas;
• Trabalhadores e
trabalhadoras da saúde.
Etapa
2 - a partir de março
Intensificação da vacinação
contra Covid-19
Público
alvo: Toda a população com
mais de 12 anos.
Etapa
3 – a partir de março
Intensificação da vacinação de
Covid-19 entre crianças e adolescentes
Público
alvo: Crianças de 6 meses a 17 anos.
Estratégias
e ações:
Mobilizar a comunidade
escolar, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio com duas semanas de
atividades de mobilização e orientação; comunicar estudantes, pais e
responsáveis sobre a necessidade de levar a Caderneta de Vacinação para
avaliação;
Etapa
4 – a partir de abril
Vacinação de Influenza
Público-alvo:
• Pessoas com mais de 60 anos;
• Adolescentes em medidas
socioeducativas;
• Caminhoneiros e
caminhoneiras;
• Crianças de 6 meses a 4
anos;
• Forças Armadas;
• Forças de Segurança e
Salvamento;
• Gestantes e puérperas;
• Pessoas com deficiência;
• Pessoas com comorbidades;
• População privada de
liberdade;
• Povos indígenas, ribeirinhos
e quilombolas;
• Professoras e professores;
• Profissionais de transporte
coletivo;
• Profissionais portuários;
• Profissionais do Sistema de
Privação de Liberdade;
• Trabalhadoras e
trabalhadores da saúde.
Etapa
5 - a partir de maio
Multivacinação de poliomielite
e sarampo nas escolas
Estratégias
e ações:
Mobilizar a comunidade
escolar, com duas semanas de atividades de mobilização e orientação; reduzir
bolsões de não vacinados; comunicar estudantes, pais e responsáveis sobre a
necessidade de levar a Caderneta de Vacinação para avaliação;
Baixa
cobertura
O Brasil, considerado um país
pioneiro em campanhas de vacinação, desde 2016, vem apresentando retrocessos
nesse campo. Praticamente todas as coberturas vacinais estão abaixo da meta.
Por isso, o objetivo é retomar os altos percentuais de proteção.
Diante do cenário de baixas
coberturas vacinais, desabastecimento, risco de epidemias de poliomielite e
sarampo, além da queda de confiança nas vacinas, o Ministério da Saúde realizou
ao longo do mês de janeiro uma série de reuniões envolvendo outros ministérios.
É importante ressaltar que
para todas as estratégias de vacinação propostas, as ações de comunicação e de
comprometimento da sociedade serão essenciais para que as campanhas tenham
efeito. A população precisa ser esclarecida sobre a importância da vacinação e
os riscos de adoecimento e morte das pessoas não vacinadas.
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