segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Maria Firmina dos Reis pode ser declarada a patrona da educação ludovicense

 

Maria Firmina dos Reis
Maria Firmina dos Reis

Úrsula foi o primeiro romance de Maria Firmina dos Reis, escrito em 1859

Com informações da Câmara de São Luís

A Comissão de Constituição, Justiça, Legislação, Administração, Assuntos Municipais e Redação Final (CCJ) da Câmara Municipal de São Luís (CMSL). Está analisando o Projeto de Lei nº 0229/2022, que tem a finalidade de declarar a professora e escritora Maria Firmina dos Reis como patrona da educação ludovicense.

A justificativa da proposição destaca, que a professora, nascida na capital maranhense, em 11 de março de 1822. Foi a primeira romancista brasileira e por consequente, pioneira no que diz respeito à crítica antiescravista.

Tramitação

A proposta está sendo analisada em caráter conclusivo pela CCJ. Após o parecer do colegiado, estará apta para votação em plenário.

Sendo aprovada, segue para a sanção do prefeito para virar lei. Caso seja  vetada. Retorna à Câmara, que dará a palavra final – mantendo o veto ou promulgndo a lei.

Biografia

Negra, filha de mãe branca e pai negro, registrada sob o nome de um pai ilegítimo e nascida em São Luís, no Maranhão, Maria Firmina dos Reis (1822 – 1917) fez de seu primeiro romance, Úrsula (1859), algo até então impensável: um instrumento de crítica à escravidão por meio da humanização de personagens escravizados.

Além disso, ela foi a pioneira no que diz respeito à crítica antiescravista.  A romancista também foi a autora do conto “A Escrava” (1887), cuja história é de uma mulher de classe alta sem nome que tenta salvar uma mulher escravizada. Ela também foi a primeira mulher aprovada em concurso público, para o cargo de professora, no Maranhão.  Anos depois, em 1880, obteve o primeiro lugar em História da Educação Brasileira, rendendo-lhe o título de Mestra Régia.

Maria Firmina também criou a primeira escola mista para meninos e meninas na comunidade de Maçaricó, município maranhense Guimarães, quando passou a lecionar para os filhos de lavradores e fazendeiros do povoado; contudo, a instituição, criada oito anos antes da Lei Áurea, não perdurou muito, pois foi alvo de críticas da época.

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